quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O ambiente e o lúdico na Educação Montessoriana


O artigo Método Montessoriano: a importância do ambiente e do lúdico na educação infantil, de Ana Carolina Evangelista Faria, Ana Cristina Ferreira Lima, Danielle Prevatto Orbe Vargas, Indianara Gonçalves, Kândice Stopa e Lívia Cristina Eiterer Brugger, publicado na Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery, disserta sobre o Método Montessoriano, afirmando que apesar de o Brasil ter um número considerável de escolas montessorianas, esse ainda é um sistema pouco conhecido, inclusive em ambiente acadêmicos. Traz também um valioso quadro comparativo entre os Métodos Montessoriano e Tradicional, expondo as diferenças que existem entre os métodos. O trabalho permite maior conhecimento e consequente aprofundamento em relação às questões que envolvem o Método Montessoriano, instigando assim, nos leitores, o desejo de se informar e pesquisar  mais sobre o tema.



A pedagogia Motessoriana consiste em harmonizar corpo, inteligência e vontade, se baseia na educação da vontade e da atenção, em que as crianças têm liberdade para escolher seus materiais e onde querem trabalhar com eles em sala, além de proporcionar a cooperação entre as mesmas. Desse modo, as crianças são livres para agir espontaneamente, desde que não incomodem os demais colegas.

Segundo a doutora, a criança possui poderes desconhecidos, e a primeira infância é o período mais rico e deve ser explorado ao máximo através da educação. Deixar passar essa oportunidade pode ser irreparável, pois “os primeiros dois anos de vida abrem um novo horizonte, revelam leis de construção psíquica até agora mantidas ignoradas.”

Quando se fala em liberdade da criança na primeira infância não se trata dos  gestos inconscientes que elas manifestam desordenadamente, mas da liberdade que a criança  tem de romper os obstáculos que atrapalham o desenvolvimento normal da vida. “A criança é um corpo que cresce e uma alma que se desenvolve [...]”. (MONTESSORI,s.d, p, 57)

Brincar tem características peculiares, como o prazer, o desafio, limites, liberdade. Exige movimento, flexibilidade e tem para a criança um caráter sério, em que nada é feito de qualquer maneira, pois ela se empenha para realizar o seu melhor. Por meio do brincar ela aprende a viver e a formar conceitos, avançando, dessa forma, etapas importantes para o crescimento. “Brincar é muito importante, pois enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os hábitos necessários ao seu crescimento”. (BETTELHEIM, apud MALU, 2003, p.19)

Fonte:re.granbery.edu.br/artigos/NDY2.p


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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Ideias Montessorianas


No artigo Princípios Montessorianos, Talita de Almeida, Fundadora e Presidente da ABEM – Associação Brasileira de Educação Montessoriana, aborda questões sobre a relevância de um ambiente atraente e motivador para a criança, dos brinquedos que estimulem a manipulação, dentre outros temas relacionados à educação montessoriana.  


  • MATERIAL DE DESENVOLVIMENTO MONTESSORI

O “Material de Desenvolvimento” montessoriano é voltado essencialmente para a ação. Oferece à criança a oportunidade de contato direto e concreto com o real ou sua representação, objetivando a elaboração progressiva de conceitos abstratos. Maria Montessori compara a mente infantil a um avião, que deve, para voar, rolar um pouco pelo solo. E o “material de desenvolvimento” lhe permitirá, graças às experiências concretas, decolar para a abstração. Através da livre escolha (opção pelos diferentes materiais), a criança desenvolve a independência, a iniciativa, a criatividade, a autoestima, a concentração na atividade, a ordem, a coordenação psicomotora, a autodisciplina, a estética e o gosto pela pesquisa. O material é atraente e motivador pela forma, cor, brilho; ele estimula a criança à manipulação. “A criança aprende mexendo”, dizia Maria Montessori. Cientificamente programado, o material permite à criança a realização de operações de discriminação, comparação sob forma de gradação e classificação ou pareamento. Por constituir um sistema, o material oferece conquistas gradativas (em si, ele é pré-requisito para outros materiais) e requer amadurecimento para ser usado – tem o momento sensível e exige da criança a capacidade de compreendê-lo.

  • AMBIENTE PREPARADO

Quando o bebê nasce, em geral, seus pais preparam um espaço para recebê-lo, acolhê-lo. 

Se casamos, preparamos nossa casa para acolher este amor que nos levou a esse momento. 

Se queremos um templo... 

Preparar o ambiente não é somente fazê-lo de forma física, material, com móveis, enfeites... Preparar o ambiente significa também incluir as pessoas e considerar o modus vivendi mental e emocional de cada um dos que vão usufruir e dar vida àquele espaço e àqueles objetos e que, acima de tudo, vão compartilhá-lo com as crianças. 

Maria Montessori preparava os adultos: guias, professores das escolas, para a acolhida dessa oportunidade de crescimento pessoal no assistir do desenvolvimento e despertar da consciência das crianças para a vida no mundo, favorecendo-as com respeito e amor, convocando os adultos à criação de um ambiente humano preparado com harmonia e beleza em cada gesto, intenção, olhar, sorriso, interação, em cada detalhe, na observação do despontar de um novo mundo e da criança, cuja vinda à vida significa o futuro da humanidade. 

Um mundo singular de cada ser, cuja realidade se manifestará através da liberdade de fazer escolhas únicas, de usar a originalidade e a genialidade para a construção de um caminho de realizações e vitórias pessoais e coletivas, de amar e de ser amado na exata medida em que, apoiada e assistida pelo adulto, a criança cresce em confiança e autoestima e desenvolve sua capacidade de discernir, decidir e criar melhores condições para si mesmo e para todos. 

Um ambiente preparado para o progresso e a busca contínua da perfeição. Preparar o ambiente, além de adequá-lo a quem vai usar, saber para que vai servir e como ali deve estar. 

O ambiente preparado na escola vai expressar um espaço para um determinado grupo de alunos em uma certa idade, num determinado horário, vivendo uma certa cultura. 

A harmonia não pode faltar entre os componentes deste espaço, havendo lógica, acessibilidade e praticidade para que uma verdadeira aprendizagem aconteça. 

Há ambientes externo e interno. No externo, estão os espaços de lazer e de cuidados com a natureza. No interno, as áreas do conhecimento estão dispostas em estantes, como avenidas do saber que a criança percorre segundo seu impulso interno.

Fonte: www.montessoribrasil.org


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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Decoração: quarto montessori


No quarto montessoriano, a criança poder explorar livremente os objetos e os brinquedos ao seu redor. Em um ambiente rico e estimulante, a criança torna-se capaz de aprender sozinha por meio de suas próprias experiências, desenvolvendo-se de forma criativa, espontânea e saudável.


Maria Montessori acreditava que a casa não deveria ser para as crianças, e sim das crianças, ou seja, a casa não poderia ser organizada para a chegada do bebê, mas preparada, estruturada para a sua criação. Quando se pensa em uma decoração montessori, é necessário ter em mente que a meta é fazer um quarto pensando na criança, em seu bem-estar, e não para o uso de adultos. O quarto montessoriano vai além da aparência puramente decorativa. 




Inspire-se:




Foto: bebe.abril.com.br/
Foto: bebe.abril.com.br/
Foto: bebe.abril.com.br/





No artigo a seguir,  Gabriel M. Salomão fala sobre o princípio montessoriano que valoriza o espaço, o conforto, a liberdade e a autonomia da criança.



Decoração do quarto da criança: um caso de amor

Bem antes de uma criança nascer, ela já é amada. Os pais pensam nela, cantam para ela, conversam, acariciam, beijam, compram e modificam suas rotinas e seus lares para recebê-la. Algumas famílias até chegam a ler livros e blogs para entender melhor como fazer tudo isso!

Entre muitas outras formas de expressar este amor, uma é por meio do cuidado imenso que temos ao montar os quartos dos pequenos. Famílias montessorianas e não montessorianas exercem o amor da mesma maneira: pensando em tudo que a criança poderá gostar de ter por perto. Enquanto famílias não montessorianas costumam decorar o quarto com muitas cores, móveis e brinquedos, nós temos por hábito um quarto minimalista e essencial, mas todos declaramos nosso amor por meio da decoração do quarto.

A criança, como se percebesse e compreendesse esta declaração, ama seu quarto também. Desde o momento em que chega em casa desenvolve uma relação de exploração, aprendizado e aconchego com o ambiente que foi totalmente preparado para ela, com carinho e atenção. A criança sente este amor e o retribui, amando aos pais e ao ambiente.

Uma das características comuns a todas as crianças é o amor à ordem. Com alguma atenção, este amor pode se converter em ações concretas, por parte da criança, mas isto só acontece mais tarde. No começo, este amor se manifesta por meio da tranquilidade quando as pessoas, o ambiente e a utilização do tempo são organizados e sempre semelhantes.

Montessori conta uma história interessante sobre isso. Diz que certa vez estava caminhando com um grupo de pessoas, entre as quais estava uma mãe com a filha nos braços. Esta mãe estava agasalhada, mas depois de algum tempo de caminhada sentiu calor, e retirou o véu que lhe cobria a cabeça e o tronco, dando-o para que alguém o carregasse. A criança começou a chorar. Depois de várias tentativas de acalmar esta pequena, Montessori ofereceu-se para segurar a criança e sugeriu à senhora que colocasse o véu novamente. A criança ainda chorava no colo de Montessori, mas assim que sua mãe agasalhou-se, parou de chorar. Montessori, então, explicava, ao final da história: a criança sabe que véus devem estar à cabeça e aos ombros, e não são feitos para que sejam carregados aos braços. A criança estava com uma imagem organizada do véu, quando a mãe o retirou, confundindo-a.

Fonte: http://larmontessori.com


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Dicas de como fazer um quarto no estilo montessoriano AQUI

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Pedagogia Montessoriana


O artigo Pedagogia Montessoriana: ensaio de individualização do ensino, de Samira Saad Pulchério Lancillotti, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, publicado na Revista HISTEDBR On-line, analisa a contribuição de Maria Montessori à educação escolar, relacionando com o ensino simultâneo. 


No ensino simultâneo, o professor toma por referência o aluno médio, sendo instrumentos de trabalho predominantes o manual didático, a lousa, o giz e outros recursos [...]. Esse modo de ensinar atende à necessidade de universalização do ensino, imposta pela sociedade contemporânea, a um baixo custo, na medida em que se assenta na divisão e simplificação do trabalho. 

O movimento da Escola Nova baseou-se, predominantemente, nas contribuições de RousseauPestalozzi e Froebel, nos avanços da psicologia e na crítica ao caráter elitista da educação tradicional. Saviani destaca que se a educação burguesa tradicional colocara o na formação moral do homem, a versão escolanovista o deslocou para a “formação do indivíduo egoísta independente, membro ajustado da sociedade burguesa”.

A proposta educacional desenvolvida por Montessori para o pré-escolar fundava-se sobre a educação dos sentidos. Considerou que a educação dos sentidos tinha enorme importância pedagógica, e que seria a base necessária ao pleno desenvolvimento biológico do indivíduo, sobre o qual se edificaria sua adaptação social.

Fonte: www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/37e/art11_37e.pd



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